domingo, 29 de maio de 2011

Oitavo Fichamento

Respostas fisiológicas de vacas em lactação à ventilação e aspersão na sala de espera1
Irineu Arcaro Júnior2 Juliana Rodrigues Pozzi Arcaro2
Claudia Rodrigues Pozzi2 Claudia Del Fava3 Helena Fagundes4
Soraia Vanessa Matarazzo5 Jean Eduardo De Oliveira6
Ciência Rural, Santa Maria, v.35, n.3, p.639-643, mai-jun, 2005


"A adoção de modernas tecnologias nos
sistemas de produção de leite levou ao
aparecimento de animais mais produtivos os quais
apresentam metabolismo acelerado, com maior
produção de calor endógeno, tornando-se mais
susceptíveis aos efeitos do meio ambiente
(TITTO, 1998)."
(p.640)

"O presente ensaio foi conduzido na
Estação Experimental de Zootecnia, localizada no
município de Nova Odessa, SP, com latitude 220
42′ S e longitude 470 18′ W e altitude de 550 m.
Foram utilizadas 21 vacas Holandesas, com peso
médio de 600kg e produção de leite média de 21
kg dia-1, aos 60 ± 15 dias em lactação, durante os
meses de agosto, setembro e outubro de 2001. As
vacas receberam como alimentação silagem de
sorgo, farelo de soja, grãos de milho moído, caroço
de algodão e minerais, fornecidos na forma de
dieta completa e de maneira a atender às
exigências nutricionais para a manutenção e
produção de leite, de acordo com o NRC (1989)."
(p.640)

"Os equipamentos foram acionados
somente às 14h quando a temperatura média de
bulbo seco atingiu os 26,1°C. No mesmo horário,
a temperatura do globo negro foi 26,0ºC e a
umidade relativa do ar de 53,2%. Os valores
médios verificados para as variáveis ambientais e
índices de conforto térmico na sala de espera antes
e após a aplicação dos tratamentos (CONTROLE,
V ou VA) encontram-se na tabela 1. O tratamento
V proporcionou aumento da TBS (1,8ºC) e TGN
(1,3ºC) e decréscimo no valor da UR (7,0%). O
tratamento VA mostrou-se eficiente, reduzindo a
TBS (6,4ºC) e TGN (6,5ºC) e, como esperado,
proporcionou aumento na umidade relativa do ar."
(p.641)

"Considerando-se o THI no horário das
14 horas, verificou-se que, nesse horário, os
animais estavam sujeitos ao estresse térmico, uma
vez que o valor de THI entre 71 e 78 caracteriza
uma condição crítica para os animais (HAHN,
1985). O tratamento VA reduziu o THI para 70,2
proporcionando condições adequadas de conforto
térmico para as vacas em lactação. Os valores de
BGHI até 74 definem condição de conforto para
os bovinos; entre 75 e 78, a situação é de alerta,
79 a 84 caracterizam perigo e, acima deste, deparase
com situação de emergência (BAÊTA et al.,
1987). De maneira semelhante ao verificado para
o THI, o tratamento VA reduziu o BGHI para 70,1
proporcionando um microclima interno
satisfatório para o desempenho dos animais"
(p.642)

"A região da cabeça apresentou
diminuição média de 4,2°C. Na região do dorso
essa diminuição foi de 2,8°C e, na glândula
mamária foi de apenas 1,0 °C. Segundo BACCARI
JR. (2001) quando a temperatura da pele é mais
elevada que a do ambiente, o organismo cede
calor às moléculas de ar, dando início à troca
térmica. Portanto, quando a temperatura do
ambiente onde a vaca se encontra diminui, o
animal dissipará mais calor, resfriando a sua
temperatura corporal, o que explica a diminuição
da temperatura da cabeça, dorso e glândula
mamária verificada nos animais submetidos ao
tratamento VA."
(p642.)

"O tratamento ventilação associado à
aspersão é eficiente para o condicionamento
térmico da sala de espera, uma vez que mantém as
variáveis ambientais e fisiológicas dentro da faixa
de conforto térmico para as vacas em lactação."
(p.542)

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